domingo, 12 de setembro de 2010

Como nasce um ditador
 

Ele teve uma infância infeliz
Enjeitado, pais separados!
Adolescência no trabalho duro
Cansado, explorado; assalariado
Descobre a política, o comércio
Adulto formado, já vistoso...
Vida dupla, frio, calculista!
Busca nos fracos sua fortaleza!
Livro de cabeceira: O príncipe!
Séculos se passaram: O homem
Ele mesmo!
Sente-se grande, ostenta riqueza!
Ao seu redor: capachos, servos!
Seu consolo: O poder!
Sua meta: O controle!
Seu Deus: O dinheiro!
Seu destino: O ostracismo!
Sua glória: Uma lápide!
Sua memorial: Um ditador!


                               Meiriara Lopes de Araujo Cerqueira
                                       26/01/2010
                                       22:30

Fogos de artifícios


Explosões de beleza
Rostos admirados pelo esplendor
Luzes intensas
Risos, lágrimas benignas.
O tempo senhor das horas e dos momentos
Brilho de pólvora no ar
Corações saudosos e felizes.
De repente...
Que espetáculo dantesco
Explosões de lágrimas e sangue
Rostos perplexos pela dor
Luzes transformadas em fogo
O tempo senhor das horas fatídicas.
Nos fogos do ano novo: dor e consternação depois do riso e do brilho.
Nos fogos do ano novo... peles, roupas e lágrimas no chão.
Agora...
Dor... e esperança de que a memória seja traída ou atraída pelo tempo e esqueça...
Os fogos de artifício do ano novo.




Meiriara Lopes de Araujo Cerqueira
Salinas, 06/01/2010, 23:10